O deputado estadual
Jânio Mendes mantém um canal de comunicação e interatividade com a população de
todo o estado do Rio, principalmente, da Região dos Lagos. Leia abaixo, artigo
publicado no Jornal Folha dos Lagos –
de Cabo Frio:
Democracia
Participativa
Por Jânio Mendes
Nos últimos dias, observa-se o movimento das instituições, acordadas que
foram pelo barulho das ruas. No Palácio do Planalto, a presidenta Dilma conclama
governadores e prefeitos ao pacto pelo transporte, pela saúde, pela
educação, pela reforma fiscal, pela reforma política e combate a corrupção.
Doce saber, que a fala da presidenta ecoa em todas as instituições e faz o
Congresso apressar a votação da destinação dos recursos dos royalties para a
educação e saúde; desejamos que este exemplo seja seguido por prefeitos
de municípios produtores para transformarmos nossas cidades em ilhas do conhecimento
e de qualidade de vida.
No combate a corrupção o mesmo Congresso apressou-se em rejeitar a PEC
37, que simbolizou o fortalecimento do Ministério Publico no combate a corrupção.
Resta-nos agora aguardar a retomada de ações do MP que marcou a década
passada, antes de mergulhar no imobilismo dos últimos dias, aqueles que estão
na rua reclamam também de ação do MP. Ao mesmo tempo em que o
STF, do grande idolatrado brasileiro Joaquim Barbosa, dá o ar de sua
graça e faz aquilo que a sociedade espera desde o dia de sua posse na
presidência e determina com 6 meses de atraso a prisão do primeiro Deputado
Federal. Que
seja este o primeiro de muitos, é o que pede as ruas.
Resta agora, aguardar o desdobramento da corajosa e arrojada proposta da
presidenta Dilma pelo plebiscito para a reforma política, emparedando
definitivamente o Congresso Nacional, que nos últimos seis anos, recebeu oito
diferentes propostas de reforma e não se dignou a aprecia-las. É fato que o
Congresso não aceita ter sua atribuição repassada a um colégio de notáveis
eleitos para com o objetivo específico de fazer a reforma, se não quer
que seja assim, que tenha então a coragem de cortar na carne e fazer pelo
processo ordinário a reforma que o povo deseja e agora exige nas ruas.
De todas as lições destes eventos a principal delas é a necessidade de
toda a classe política se adequar às novas exigências. Não é possível construir
uma pauta, pois toda a forma de indignação tem espaço na ampla pauta das ruas.
É possível sim, visualizar a certeza de que o político perdeu o monopólio das
decisões, chegamos à democracia participativa.